Prefeituras de PR e PE preparam parcerias público-privadas para lixo
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BRASÍLIA - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta terça-feira, 5, que a tendência da taxa de juros brasileira no médio prazo é declinante, a despeito dos momentos em que, para combater a inflação, o BC precisa subir a taxa básica de juros, como ocorre atualmente. A tendência de médio prazo é de convergência da taxa de juros para níveis inferiores aos praticados nos últimos anos, afirmou Tombini. Ele participa de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
Na reunião, Tombini destacou os indicadores que mostram redução dos riscos da economia brasileira, como a menor dívida líquida do setor público em relação ao PIB, bem como o crescimento das reservas internacionais, que representam importante colchão para enfrentar eventuais situações de crise. O colchão de reservas é uma conquista importante que devemos preservar, disse.
Ele também destacou o fato de o Brasil ser atualmente credor externo líquido, que permite que em situações de crise a situação fiscal melhore, permitindo uma política econômica anticíclica, como ocorreu na última crise internacional.
Crescimento do crédito
Tombini destacou que o comportamento do mercado de crédito nos últimos anos tem sido importante para o desenvolvimento da economia brasileira. Ele salientou que tem havido aumento da base de tomadores de crédito, não simplesmente um aumento de endividamento das famílias, como ocorreu em outras economias. Segundo ele, o aumento na base de clientes bancários abre espaço para maior crescimento do crédito.
O presidente do BC, que participa de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, explicou que o sistema financeiro brasileiro está bem capitalizado, com índice médio de capitalização significativamente acima dos 11% mínimos determinados pelo BC. O presidente do BC também chamou atenção para a queda do risco soberano brasileiro, que reflete os fundamentos da economia nacional.
Ele mencionou ainda indicadores que mostram outras melhoras no quadro da economia brasileira, como a redução na pobreza e na desigualdade, que ajudam a sustentar o crescimento econômico; o fortalecimento da classe média, que deve continuar nos próximos anos; e a capacidade de gerar empregos.
Inflação de serviços
O presidente do Banco Central chamou atenção sobre o comportamento da inflação de serviços, que tem ficado em nível elevado e acima da inflação cheia. Ele enxerga alguma acomodação na inflação de serviços, embora tenha destacado que por conta da elevada inércia esse indicador ainda segue elevado. As declarações foram dadas esta manhã na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE).
Ele também mencionou que a economia brasileira ao longo de 2010 teve crescimento da demanda acima da oferta, o que levou a um aumento significativo das importações e do chamado vazamento externo. Mas o presidente do BC também vê alguma moderação neste ano, já que a demanda interna já não cresce mais na casa de dois dígitos, mas de um dígito, o que reduziu a contribuição externa negativa. Os dados apontam para continuação dessa tendência (de moderação), afirmou.