Prefeituras de PR e PE preparam parcerias público-privadas para lixo
As prefeituras de Maringá (PR) e Caruaru (PE) preparam editais de parcerias público-privadas para serviços de coleta e tratamento ... Ler mais
Secretário de Planejamento da Bahia desde 2012, o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli ocupa assento em conselhos de administração de duas empresas privadas: a Itaúsa, conglomerado acionista do banco Itaú, e a petrolífera portuguesa Galp.
A Procuradoria do Estado considerou legal a atuação de Gabrielli nos conselhos. Mas vetou, enquanto durar a relação, que as empresas fechem "qualquer transação com o Estado da Bahia".
O governo baiano não tem contratos diretos com a Galp e a Itaúsa. Mas mantém contratos com a Itautec (tecnologia) e já concedeu incentivos fiscais à Elekeiroz (química), companhias das quais a Itaúsa é acionista majoritária.
Gabrielli assumiu a cadeira no conselho da Itaúsa em abril de 2011, quando ainda presidia a Petrobras. Representa o fundo de pensão Petros (dos funcionários da estatal) e recebe R$ 630 mil por ano por reuniões trimestrais.
A nomeação para o conselho da Galp foi em julho de 2012, quando Gabrielli já era secretário na Bahia. Desde então, recebe 98 mil euros por ano (cerca de R$ 300 mil).
O presidente do conselho e acionista majoritário da Galp é o empresário Américo Amorim, que mantém negócios na Bahia. Em junho de 2013, o grupo Américo Amorim lançou um empreendimento de alto padrão na praia do Forte, litoral do Estado.
OUTRO LADO
À Folha Gabrielli negou conflito de interesses e disse que integra os conselhos da Itaúsa e Galp como membro não executivo, contribuindo só em decisões estratégicas, não operacionais.
Ele afirmou ainda que o conselho da Itaúsa não participa de decisões operacionais das empresas em que a holding é acionista, como a Itautec e Elekeiroz.
Gabrielli afirmou não ter "quaisquer participações" nas demais empresas de Américo Amorim e que "desconhece os seus empreendimentos". Procuradas, Itaúsa e Galp não responderam.
O governador Jaques Wagner afirmou à Folha que autorizou o reajuste porque o valor dos jetons "estava há muito tempo congelado". "Desde que cheguei no governo [em 2007] a gente nunca deu nenhum reajuste. Então é mais do que razoável que a gente atualize esse valores. Em sete anos, se pegar a inflação, dá praticamente isso", afirmou Wagner.
O secretário Ney Campello disse que sua presença no conselho da EBDA se justifica pela atuação da sua pasta no estímulo ao uso de produtos orgânicos na Copa.
A Folha não conseguiu contato com os outros conselheiros citados no texto.