Prefeituras de PR e PE preparam parcerias público-privadas para lixo
As prefeituras de Maringá (PR) e Caruaru (PE) preparam editais de parcerias público-privadas para serviços de coleta e tratamento ... Ler mais
Atualizado às 19h35.
A Polícia Civil prendeu na manhã desta terça-feira quatro pessoas, na zona leste de São Paulo, suspeitas de aplicarem o golpe do empréstimo pessoal. Eles atuavam há cinco anos e o valor do golpe chega a R$ 3 milhões, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública.
"Eles anunciam em jornais o empréstimo pessoal, com ofertas atraentes como o pagamento das parcelas com prazos longos e prestações baixas. Pessoas endividadas e com nome registrado no Serasa podiam pegar o empréstimo", disse delegado da Seccional de Guarulhos, Marco Antonio Santos.
A polícia investigava a quadrilha há pelo menos 2 meses. Segundo Santos, mais de 30 pessoas já foram identificadas como vítimas do golpe na Grande São Paulo, mas o número deve aumentar. "Tinha dias que essa quadrilha fazia 20 vítimas", disse.
Além de São Paulo, o grupo agia no Paraná, Santa Catarina, Goiás e Minas Gerais, de acordo com a polícia.
A condição principal para o grupo liberar o empréstimo ao requerente era que ele depositasse de 5% a 10% do valor solicitado, como "garantia", em uma conta corrente indicado pela quadrilha. Após fazer o depósito, no entanto, a pessoa sofria o golpe ao não receber o dinheiro do empréstimo.
André Cabral Ângelo, 26, reconhecido como o chefe da quadrilha, foi preso na casa que o grupo usava para entrar em contato com as pessoas que solicitavam os empréstimos.
Elen Alves de Lima, 28, Eglen Alves de Lima, 34, e Camila Andrade de Amorin, 19, também foram presas. Segundo o delegado, elas faziam o trabalho de telemarketing, explicando como o cliente deveria fazer o depósito para, depois, receber o empréstimo.
O delegado responsável pelas investigação afirmou também que a quadrilha usava contas bancárias de laranjas para despistar a polícia.
"Hoje fizemos buscas na casa dos correntistas com mais movimentação nas contas usadas pela quadrilha para verificar se eles compunham a quadrilha. E nas investigações encontramos uma pessoa que mora em lixão, outra que teve os documentos furtados", afirmou.
Os suspeitos permanecem presos e irão responder por estelionato e formação de quadrilha. A reportagem não conseguiu contato com o advogado deles.
De acordo com o delegado, os próximos passos da investigação serão identificar todas as vítimas e recuperar o dinheiro perdido por elas.