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Em reunião na tarde desta terça-feira (29), a atual direção do Masp vai ratificar a mudança no estatuto de gestão do museu para permitir uma série de mudanças, como a troca da diretoria da instituição, hoje presidida por Beatriz Pimenta Camargo, além da ampliação no número de conselheiros e regras para o conselho reformulado.
Essas são exigências do banco Itaú, que entrará como parceiro na gestão museu. O banco se comprometeu a angariar fundos para saldar as dívidas do maior museu da América Latina, hoje estimadas em cerca de R$ 11 milhões, segundo a diretoria atual da instituição.
Quando as mudanças no estatuto se tornarem oficiais, o museu dará início à ampliação de seu conselho administrativo, que passará de atuais 30 membros para 80. Outra mudança, que será decidida na reunião desta tarde, é que cada conselheiro deverá fazer contribuições financeiras anuais para o museu, o que não ocorre hoje.
Marlene Bergamo/Folhapress | ||
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Museu de Artes de Sao Paulo (Masp), que passa por dificuldades financeiras |
Segundo pessoas próximas às negociações, cada novo conselheiro deverá doar R$ 25 mil ao museu para participar dos processos de decisão da instituição. Também será estabelecido um limite no número de mandatos consecutivos que conselheiros poderão servir, na tentativa de garantir renovações constantes na alta cúpula do museu.
Uma vez feitas as mudanças, a nova diretoria, presidida pelo empresário e consultor financeiro Heitor Martins, deverá assumir o comando do museu, quebrando um ciclo de 20 anos em que o arquiteto Júlio Neves e aliados seus, como a atual presidente Beatriz Pimenta Camargo, vêm se revezando no comando do Masp.
Martins já escalou seu corpo diretivo. Além dele, deverão integrar a alta cúpula do Masp o vice-presidente executivo do banco Itaú BBA, Alberto Fernandes, um dos sócios do escritório de advocacia Pinheiro Neto Advogados, Alexandre Bertoldi, a ex-coordenadora do núcleo contemporâneo do Museu de Arte Moderna de São Paulo, Flavia Velloso, o consultor financeiro Nilo Cecco e o professor e colecionador Miguel Chaia.
Além de saldar as dívidas do museu, o grupo terá entre seus principais desafios devolver ao Masp a capacidade de captar recursos por mecanismos federais de incentivo, já que o museu hoje tem problemas na prestação de contas de vários de seus projetos junto ao Ministério da Cultura.
Outro desafio será retomar as obras do anexo do museu, no prédio ao lado de sua sede na avenida Paulista. Desde 2012, quando deveria ter sido inaugurado, as obras do espaço, uma parceria do Masp com a operadora telefônica Vivo, estão paralisadas.
Segundo a Folha apurou, outras empresas estudam ajudar no resgate financeiro do Masp. Além do banco Itaú, que entrará com repasses diretos de verba e contribuições via leis de incentivo, o banco Bradesco deve participar com recursos incentivados e a Gerdau pode anunciar uma parceria na tarde desta terça-feira (29).