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SÃO PAULO - As taxas de juros das operações de crédito no País para consumidores e para empresas caíram em junho, após três meses seguidos de elevação, segundo pesquisa divulgada hoje pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
O levantamento mostra que a taxa média de juros para pessoa física apresentou uma redução de 0,07 ponto porcentual, passando de 6,87% ao mês em maio para 6,80% ao mês em junho. A redução foi verificada nas taxas médias de juros de cinco das seis modalidades de crédito analisadas pela Anefac. A exceção foi o cartão de crédito, cuja taxa ficou estável no período e se manteve como a mais alta para pessoas físicas, com cobrança de 10,69% ao mês.
A queda mais acentuada no período ocorreu no empréstimo pessoal de financeiras, cujas taxas médias passaram de 9,48% ao mês em maio para 9,30% ao mês em junho (recuo de 0,18 ponto porcentual). Já as taxas médias do empréstimo pessoal de bancos caíram de 4,75% ao mês em maio para 4,63% em junho (baixa de 0,12 ponto porcentual).
Também houve redução dos juros do cheque especial, terceira modalidade mais cara para o consumidor, atrás somente do cartão de crédito e dos empréstimos de financeiras. A taxa média de juros do cheque especial caiu de 8,12% ao mês em maio para 8,10% ao mês em junho (recuo de 0,02 ponto porcentual).
Por fim, os juros do comércio caíram de 5,73% ao mês em maio para 5,66% ao mês em junho (queda de 0,07 ponto porcentual), enquanto os juros médios para financiamento de automóveis baixaram de 2,42% ao mês em maio para 2,34% ao mês em junho (declínio de 0,08 ponto porcentual).
Empresas
A taxa média de juros para pessoa jurídica apresentou uma redução de 0,07 ponto porcentual, passando de 4,03% ao mês em maio para 3,96% ao mês em junho. A redução foi verificada nas três modalidades de crédito analisadas pela Anefac.
As taxas médias para capital de giro recuaram de 3,14% ao mês em maio para 3,04% ao mês em junho (queda de 0,10 ponto porcentual). Com isso, esta modalidade atingiu a menor taxa de juros desde fevereiro de 2001.
As taxas de desconto de duplicatas caíram de 3,20% ao mês em maio para 3,14% ao mês em junho (baixa de 0,06 ponto porcentual), enquanto as taxas de conta garantida caíram de 5,74% ao mês em maio para 5,70% ao mês em junho (baixa de 0,04 ponto porcentual).
Análise
Para o coordenador de pesquisas econômicas da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, as reduções podem ser atribuídas ao bom momento da economia brasileira, com maior oferta de crédito e maior competição no sistema financeiro. Ele lembra que as reduções ocorreram mesmo com a elevação da taxa Selic (o juro básico da economia brasileira definido pelo Banco Central). O volume de crédito continua crescendo mesmo após todas as medidas restritivas implementadas pelo Banco Central para reduzir a demanda interna e combater a inflação, afirma Oliveira, em nota.
A taxa Selic sofreu um aumento de 1,50 ponto porcentual entre dezembro de 2010 e junho de 2011, passando de 10,75% ao ano para 12,25% ao ano. No mesmo período, a taxa média de juros para pessoa física avançou 0,25 ponto porcentual, de 119,97% ao ano para 120,22% ao ano. Já as taxas médias de juros para pessoas jurídicas avançaram 2,92 pontos percentuais no mesmo período, de 56,45% ao ano para 59,37% ao ano.
A expectativa de Oliveira é de que as taxas de juros voltem a ser elevadas nos próximos meses por conta de uma provável nova elevação da taxa Selic, como vem sinalizando o BC.