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As taxas médias de juros para o consumidor subiram em outubro, pela sexta vez no ano, e atingiram o maior patamar em 2013 e também o maior desde novembro de 2012, de acordo com pesquisa da Anefac (associação de executivos de finanças) divulgada nesta quinta-feira (14).
A taxa de juros média mensal passou de 5,53% em setembro (ou 90,77% ao ano) para 5,56% em outubro (ou 91,42% ao ano).
De acordo com Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor da Anefac, a alta é reflexo da elevação da taxa básica de juros (Selic) decidida na reunião de outubro do Copom (Comitê de Política Monetária do BC).
Na opinião de Oliveira, a preocupação com as pressões inflacionárias deve fazer com que o Banco Central, no encontro dos dias 26 e 27 de novembro, promova nova alta da Selic. "Em razão disso é provável que as taxas de juros das operações de crédito voltem a ser elevadas nos próximos meses", afirma.
Das seis linhas de crédito para pessoa física, apenas a do rotativo do cartão de crédito se manteve estável, segundo a Anefac.
O maior avanço percentual se deu no crédito pessoal concedido por bancos, que passou de 3,12% ao mês para 3,16%. Juros no comércio, cheque especial, crédito pessoal obtido em financeiras e financiamento de veículos também registraram aumento.
TAXA DE JUROS PARA PESSOA FÍSICA AO MÊS EM OUTUBRO
Linha de crédito | Taxa em outubro de 2013, ao mês | Taxa em setembro de 2013, ao mês |
---|---|---|
Juros no comércio | 4,19% | 4,14% |
Cartão de crédito | 9,37% | 9,37% |
Cheque especial | 7,89% | 7,83% |
CDC -bancos- financiamento de automóveis | 1,65% | 1,64% |
Empréstimo pessoal (bancos) | 3,16% | 3,12% |
Empréstimo pessoal (financeiras) | 7,09% | 7,07% |
Taxa média | 5,56% | 5,53% |
Houve aumento também das taxas médias de juros para empresas, que passaram de 3,18% em setembro até 3,21% em outubro.
A maior alta percentual se deu no capital de giro, cujas taxas subiram de 1,56% ao mês para 1,61% ao mês.
Os juros de desconto de duplicatas tiveram alta de 2,26% a 2,30%, e os de conta garantida passaram de 5,71% para 5,73%.
CONSUMIDOR
Diante da perspectiva de aumento das taxas de juros, é importante que o consumidor tome cuidado com os empréstimos, adverte o educador financeiro Mauro Calil, da Academia do Dinheiro.
"Juro é bom de receber, e não de pagar. É essencial se planejar ao máximo para evitar tomar empréstimos e cair nas armadilhas do crédito", afirma.
Para Nicolas Tingas, economista-chefe da Acrefi (Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento), o consumidor que precisa contratar um empréstimo deve optar pelas modalidades com juros menores, como crédito consignado ou empréstimo pessoal.
"As pessoas esquecem que quando tomam crédito de curto prazo --como cheque especial e rotativo do cartão de crédito-- pagam taxa mais elevada", diz.
Antes de tomar o crédito, o consumidor deve pesquisar para saber quais instituições financeiras oferecem a menor taxa de empréstimo.
E para quem tem dívidas contraídas, a dica é eliminar as mais caras, com juros maiores. Nesse caso, contratar uma linha de crédito mais barata, como o consignado, pode ser uma boa opção, diz Tingas.
"Acima de tudo, é preciso fazer uma avaliação de qual a melhor forma de se financiar, que é cortando custos e diminuindo as necessidades", ressalta.