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O endividamento dos paulistanos caiu em junho graças a uma maior cautela na contratação de novos empréstimos, aponta pesquisa da FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo).
Segundo a federação, 49,6% das famílias paulistanas –ou 1.777.539– têm algum tipo de dívida. Apesar de alto, o número representa uma queda de 1,6 ponto percentual em relação a maio e uma redução de 3,9 pontos percentuais se comparado com o mesmo mês de 2013.
Na avaliação dos economistas da FecomercioSP, "temerosos pelo cenário de inflação elevada, alta nas taxas de juros e menor crescimento da renda, os paulistanos passam a reduzir o apetite por crédito."
A pesquisa indica que 51,2% dos endividados têm entre 11% e 50% de sua renda comprometida com contas, enquanto 19,3% têm mais da metade de seus rendimentos comprometidos com parcelas de financiamentos.
A maior parte dos empréstimos é de médio e longo prazo, com 38,9% do total afirmando ter comprometimento com dívidas por período maior que um ano. Além disso, 20% têm dívidas com prazo de três a seis meses, 19,5% com, no máximo, três meses, e 19,4% com prazo entre seis meses e um ano.
O maior responsável pelas dívidas das famílias paulistanas é o cartão de crédito, meio pelo qual 69,8% do total se endividou. Em seguida vêm carnês, com 14,2%, crédito pessoal, com 11,8%, cheque especial (6,3%) e consignado (4,8%).
Veja 10 passos para evitar o superendividamento
CRÉDITO
O desempenho do crédito abaixo do esperado nos cinco primeiros meses do ano levou o Banco Central a reduzir sua previsão para o crescimento desse mercado em 2014.
Em março, a instituição divulgou uma previsão de expansão do crédito de 13% para o ano. Agora, a nova estimativa é de 12%.
A revisão se deve, principalmente, ao desempenho das instituições privadas nacionais. O crédito nesses bancos cresceu 5% nos últimos 12 meses e deve fechar o ano com expansão de 7%, segundo o BC.
A estimativa anterior era de aumento de 10%, o que representava recuperação em relação aos 6,6% vistos em 2013.
A desaceleração do crédito se deu em um momento de alta da taxa básica de juros (Selic), que passou de 7,25% para 11% ao ano entre abril de 2013 e abril de 2014.
Essa elevação atingiu principalmente os empréstimos com taxas definidas livremente no mercado. A previsão do BC de expansão do crédito livre em 2014 passou de 10% para 7%. Para os empréstimos direcionados, subiu de 17% para 19%, principalmente devido ao desempenho do crédito imobiliário.