Prefeituras de PR e PE preparam parcerias público-privadas para lixo
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Com o aumento do juro básico, a Selic, para 11% ao ano, a taxa média de juros para pessoas físicas ficará em 97,49% ao ano (ou 5,84% ao mês), segundo cálculos da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).
Em fevereiro, o juro médio ao consumidor ficou em 97,05% ao ano (ou 5,82% ao mês -o maior nível desde agosto de 2012), ainda de acordo com a associação.
Em julho de 2011, quando a Selic estava em 12,50% ao ano, esse juro médio ao consumidor era de 121,21% ao ano.
Apesar da redução nos últimos dois anos, os juros cobrados do consumidor final são muito superiores à Selic, alertam consultores.
Abaixo, veja simulações feitas pela Anefac do impacto do aumento da Selic para 11% nas operações de crédito.
TAXA DE JUROS PARA PESSOA FÍSICA
Linha de crédito | Taxa ao mês, com Selic em 10,75% ao ano | Taxa ao mês, com Selic em 11% ao ano |
Juros comércio | 4,46% | 4,48% |
Cartão de crédito | 10,08% | 10,10% |
Cheque especial | 8,08% | 8,10% |
CDC (bancos) para financiamento de automóveis | 1,75% | 1,77% |
Empréstimo pessoal (bancos) | 3,30% | 3,32% |
Empréstimo pessoal (financeiras) | 7,22% | 7,24% |
Taxa média | 5,82% | 5,84% |
EXEMPLOS DE IMPACTO EM EMPRÉSTIMOS
Compra de geladeira de R$ 1.500 em 12 parcelas
Selic, em % ao ano | Juro mensal, em % | Valor da parcela, em R$ | Total pago, em R$ |
10,75 | 4,46 | 164,12 | 1.969,48 |
11 | 4,48 | 164,31 | 1.971,73 |
Compra de veículo de R$ 25 mil em 60 parcelas
Selic, em % ao ano | Juro mensal, em % | Valor da parcela, em R$ | Total pago, em R$ |
10,75 | 1,75 | 676,33 | 40.580,04 |
11 | 1,77 | 679,71 | 40.782,81 |
Empréstimo pessoal de R$ 500 em financeira em 12 parcelas
Selic, em % ao ano | Juro mensal, em % | Valor da parcela, em R$ | Total pago, em R$ |
10,75 | 7,22 | 63,69 | 764,29 |
11 | 7,24 | 63,76 | 765,10 |
Empréstimo pessoal de R$ 5.000 em banco em 12 parcelas
Selic, em % ao ano | Juro mensal, em % | Valor da parcela, em R$ | Total pago, em R$ |
10,75 | 3,30 | 511,35 | 6.136,18 |
11 | 3,32 | 511,95 | 6.143,44 |
Uso de R$ 3.000 no rotativo do cartão de crédito por 30 dias
Selic, em % ao ano | Juro mensal, em % | Valor dos juros pagos, em R$ |
10,75 | 10,08 | 302,40 |
11 | 10,10 | 303,00 |
Uso de R$ 1.000 por 20 dias no cheque especial
Selic, em % ao ano | Juro mensal, em % | Valor dos juros pagos, em R$ |
10,75 | 8,08 | 53,87 |
11 | 8,10 | 54,00 |
SEU BOLSO
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Diante desse cenário de juros em alta, o consumidor deve pensar duas vezes antes de pegar um empréstimo. "Com a elevação da Selic, vão subindo os juros em todo o sistema bancário, pois esse é o valor mínimo de captação dos bancos", afirma Marcio Neubauer, sócio da empresa de planejamento financeiro Soma Invest.
"A parcela do empréstimo que a pessoa vai tomar ficará mais cara. É preciso ver se o novo valor vai caber no orçamento dela. Uma taxa de juros de 8% ao mês é diferente de uma de 11% ao mês", diz.
Para quem já está endividado, a orientação é tentar trocar a dívida cara, como no cheque especial ou no cartão de crédito, por uma mais barata, como um empréstimo consignado ou crédito pessoal. "Todo crédito com garantia é mais barato. Por isso o crédito imobiliário, para veículos e o consignado têm taxas menores", diz.
E se o consumidor tiver dinheiro reservado na poupança, a dica é usá-lo para se livrar da dívida. "Não tem remuneração de investimento conservador que pague o juro do crédito caro", afirma.
Para Neubauer, o consumidor, ao se ver livre da dívida, deve formar um fundo de reserva para não cair novamente no endividamento. "É uma armadilha. É preciso formar um colchão para enfrentar essas situações", afirma.