Prefeituras de PR e PE preparam parcerias público-privadas para lixo
As prefeituras de Maringá (PR) e Caruaru (PE) preparam editais de parcerias público-privadas para serviços de coleta e tratamento ... Ler mais
O cenário no campo não é muito favorável para a queda na inflação no curto prazo. Um alívio virá com mais força apenas no segundo semestre. Enquanto os hortifrútis já apontam queda, os grãos se mantêm em alta.
A esperada pressão menor dos preços internacionais dos alimentos, principalmente depois da definição de plantio nos Estados Unidos, está sendo retardada. E aumento de preços na Bolsa de Chicago significa pressão também no mercado brasileiro.
Parte dessa alta se deve à entressafra nos EUA, segundo Fernando Muraro, da AgRural, de Curitiba. Mas outros fatores também influenciam o mercado, segundo ele.
O mercado interno norte-americano está aquecido, tanto para o milho como para a soja. O problema é que o aquecimento ocorre em um período de estoques baixos.
No caso do milho, além do aumento de consumo nos EUA -inclusive na produção de etanol, devido às boas margens do combustível-, a exportação está aquecida.
Quanto à soja, os estoques chegaram ao fundo do poço, obrigando os EUA a importar 2 milhões de toneladas do Brasil, diz Muraro.
O aumento de preços lá fora influencia internamente e afeta a inflação no Brasil. Os alimentos, que já haviam subido 2% em março, ficaram 1,23% mais caros em abril para os paulistanos, mostra a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
Entre as altas, estão a do pão francês e a do óleo de soja. Pão e derivados sobem porque houve escassez na oferta de trigo na América do Sul e aumento de importações nos EUA. Já o óleo acompanha a alta da soja em grãos.
A alta dos grãos foi influenciada ainda pelos preços recordes da carne nos EUA. Com boa margem nas vendas, os pecuaristas pagaram mais pelos insumos.
"Não há como ocorrer alívio nos preços ainda no primeiro semestre", diz Muraro. Além do aumento do consumo interno e das exportações dos EUA, os estoques estão baixos, e a saída da Ucrânia do mercado coloca ainda mais pressão nos preços.
Um relatório sobre commodities feito por economistas do banco Itaú aponta que atrasos no plantio de milho nos EUA pioram ainda mais o balanço de riscos. Os agrícolas deverão subir 9,5% neste ano, aponta o relatório.
Muraro diz que a perspectiva de queda de preços no segundo semestre depende ainda de uma boa safrinha de milho no Brasil e de safra cheia nos Estados Unidos.
Editoria de arte/Folhapress | ||
![]() |
||
*
Nova queda Os norte-americanos não estão muito confiantes nas importações de etanol feitas no Brasil neste ano, após um recuo de 40% em 2013.
Custos A avaliação do departamento de energia do país é que as importações vão depender não só dos custos como da produtividade dos canaviais brasileiros.
Recuo O preço do etanol hidratado, com base em Paulínia e negociado na BM&FBovespa, caiu para R$ 1,122 por litro ontem. O valor indica queda de 18% em relação ao do final de fevereiro.
Semanal O valor do combustível negociado na porta das usinas ficou em R$ 1,2568 na média da semana passada, 7,3% menos do que na anterior, segundo o Cepea.
Açúcar O superavit mundial na safra 2013/14 será de 2,62 milhões de toneladas, ante 9,9 milhões em 2012/13. Os dados são da Datagro, que promove evento em Nova York na próxima semana para discutir cenários para açúcar e etanol.
Mais alta O trigo voltou a subir ontem na Bolsa de Chicago. Dificuldades no plantio e oferta menor no mercado elevaram os preços do primeiro contrato para US$ 7,32 por bushel (27,2 quilos).
Renda paulista O valor da produção agropecuária paulista atingiu R$ 58 bilhões em 2013. As regiões de Itapeva (34%) e de Bragança Paulista (31%) lideraram.
*
SUÍNO
Editoria de Arte/Folhapress |
![]() |
Preço cai nos frigoríficos de São Paulo
O preço do suíno teve nova queda nos frigoríficos paulistas. Segundo pesquisa da Folha, a arroba foi negociada a R$ 65,8, em média, mas já existem negócios a R$ 64. No dia, a redução foi de 2,1%. Em 30 dias, de 5,5%. As fracas vendas são as responsáveis pela queda nos preços da carne.